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FAIXA A FAIXA

ARTISTA: RAÍSSA FAYET

DISCO: RAÍSSA

 

Cantora, compositora e atriz com tessitura vocal que emana o jazz and blues com sotaque pop, a curitibana Raíssa Fayet estreia em disco após mais de uma década flertando com a mais emocional das formas de arte, a música.

 

Com as bênçãos de xangô, direção musical de Henrique Peters e produção musical de Endrigo Bettega (músicas ao vivo), Raíssa joga a sua salada sonora na cara dos rótulos musicais preguiçosos e subdesenvolvidos: com a mesma naturalidade com que perpetua a raiz afro-brasileira, reveste-a com 

embalagem pop globalizada, talvez fruto de sua temporada nos Estados Unidos, que por sua vez justifica as letras em inglês presentes nas faixas . Esperta, ainda encorpa a sonoridade pessoal com dois caras antenados: o guitarrista Xandão do grupo "O Rappa" e o músico paulista Tom Sabóia (músicas de estúdio executadas, arranjadas e gravadas por eles no Estúdio Caroço).

 

Ciente de que uma cantora só não faz verão, Raíssa é acompanhada no disco por um verdadeiro quarteto fantástico da música brasileira que dialoga com o mundo: guitarra e arranjos de Gabriel Teixeira, Vini Junqueira nos arranjos e baixo, teclado de Henrique Peters, bateria de Endrigo Bettega e a participação especial de Pedro Rafael de Paula no acordeom. Além de debutar de forma personalíssima (o álbum de estúdio é acompanhado por DVD de show gravado no Jokers em Curitiba no dia 27 de setembro de 2012), Raíssa ainda faz trompete de boca e beatbox nesse disco formado por nove canções, seis delas de lavra própria, uma de Vê Domingos (Asbezedera), outra do pernambucano Junio Barreto (Oiê), e por fim, "Dor Bailarina", com letra de Alice Ruiz, poetisa paranaense radicada em São Paulo.

 

"A música me transporta a lugares aonde existe uma sintonia direta da minha alma com o universo", diz Raíssa. A partir dessa premissa, ela descortina o véu das canções que defende em seu primeiro disco, falando de fé, benzedeiras, amor entre iguais, Hit Europeu, amizade, mulheres fortes, perdão e a perda de uma cria transformada em poesia.

 

 

CIGANA DE FÉ (Raíssa Fayet)

 

Quando criança comecei a frequentar uma tenda de Umbanda, que seria uma vertente da umbanda. As músicas sempre foram por onde aquele lugar de certa forma me prendia, além claro, da fé.

 

E essa música tocava às vezes, e ela tinha uma melodia que me levava a algum lugar muito interessante, me fazia bem. Então eu resolvi usá-la, e misturar uma letra minha junto, pois a música era curta. Foi ai que surgiu a ideia de gravar a Cigana de Fé, que é uma música de domínio público, e fizemos uma versão. Uma homenagem a minha fé e a abertura com meu pai de cabeça, Xangô!

 

ASBEZEDERA (Vê Domingos)

 

Essa música surgiu quando Tom Sabóia, que foi quem mixou o disco, e arranjou junto com o Xandão da banda "O Rappa", me apresentou Vê Domingos e suas músicas. Quando eu ouvi, eu falei, quero dizer isso também, do meu jeitinho. A música é uma homenagem a sua avó, que era benzedeira em Santa Catarina. A poesia é uma delicia, e diz muito do que vivemos com nossas avós. 

VEM MENINA (Raíssa Fayet)

 

Essa música foi feita numa tarde de sol. Para uma menina linda, que eu queria casar. Queria fazer uma música sexy no disco e surgiu essa. 

 

MOI (Raíssa Fayet)

 

A gente queria fazer uma música tipo Hit Europeu, e o Vini Junqueira que é também baixista da banda "Os Mutantes" trouxe a harmonia pronta, e ficamos pirando em cima, eu passei a madrugada pensando no que falar, e escrevi uma letra de amor. A letra fala em passar por cima de algumas coisas para viver um amor. Tem um pedaço em francês, e o resto é em inglês. 

SEE (Raíssa Fayet)

 

Essa música escrevi há 8 anos, eu morava com um amigo, e tínhamos uma relação de casal, irmão/amigo. Eu conto para ele como vejo o mundo, e como eu gostaria que ele saísse do apartamento e visse o mundo com meus olhos. 

 

OIÊ (Junio Barreto)

 

Letra e Música de Junio Barreto, compositor pernambucano. Que compôs um dos grandes sucesso do cantor Lenine,"Santana". Me identifiquei com a música, melodia, harmonia, letra. 

 

MARIA DA PAZ (Raíssa Fayet)

 

Essa música leva o nome da minha avó, uma pernambucana que desde cedo teve que dar duro na vida. Perdeu os pais cedo e teve que cuidar dos irmãos, saindo de Caruaru, viajando pelo Brasil atrás de oportunidades. E a letra foi uma homenagem a todas as Donas Marias, que são todas as mulheres desse mundo que dão duro.  

SOMETHINGS OF LIFE (Raíssa Fayet)

 

Essa música foi feita para uma mulher diferente das outras, que teve uma história bem complicada de vida. E o mundo dando a oportunidade dela ser perdoada, e perdoar. Uma mulher forte. 

 

DOR BAILARINA (Alice Ruiz)

 

Essa música tem a letra de Alice Ruiz, mulher de Paulo Leminski, uma história de um filho que ela perdeu e a música 

foi feita por músicos da banda Curitibana "Blindagem", Ivo Rodriguez e Beto. "Baila no meu peito uma dor, anda, pula… fica a dançar, baila dor".

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