top of page

FAIXA A FAIXA

ARTISTA: MAREIKE VALENTIN

DISCO: MAREIKE VALENTIN

Rheinfelden é uma é pequena cidade alemã com pouco mais de 32 mil habitantes. Foi nesse local que uma das nossas cantoras mais brasileiras do que muitas que vemos por aí nasceu, na década de 80. Mareike Valentin (pronuncia-se Maraike) viveu lá até os seus seis anos de idade, hoje está radicada em Blumenau, Santa Catarina.


Ex-bancária e ouvinte por osmose da nossa música tupiniquim (a mãe é mineira e trabalha com música brasileira em
Pomerode, município de Santa Catarina),

Mareike mudou de vida em 2007, quando abandonou essa profissão sistemática para se dedicar apenas ao ofício de cantora. Através dos pais conheceu e ouviu durante muito tempo os medalhões da nossa música universal brasileira, o que pode ter sido responsável por lhe despertar a veia artística.



Com produção e direção musical de Leandro Braga, Mareike lançou em setembro de 2012 seu primeiro disco (homônimo). As canções que o formam mostram o gosto apurado e singular de uma intérprete que só canta o que lhe representa: Tom Zé, Lucina e Suely Mesquita, o amigo Pochyua Andrade, Gregory Haertel (companheiro de vida), Simone Guimarães, Zé Renato e Pedro Luís, Telma Tavares e uma interessante canção de lavra própria em parceria com o marido e Leandro Braga, que a acompanha no piano juntamente com João Gaspar na guitarra acústica. Reiterando a coesão do disco, Mareike recebe os cantores Zé Renato e Marcos Sacramento, que dialogam com a sua musicalidade em parcerias certeiras.



A seguir, Mareike detalha cada canção que compõe o seu debute fonográfico, revelando histórias delas, seus sentimentos ao cantá-las, curiosidades e muito mais, esmiuçando sua visão desse repertório. No país das cantoras, Mareike faz diferença, é muita bem-vinda, que esse seja apenas o primeiro de muitos discos que virão por aí.

Menina, amanhã de manhã (Tom Zé/ Perna)

A canção de abertura do disco não poderia ter sido outra. Essa canção retrata tão bem meu jeito de ser e levar a vida. Acredito mesmo que a felicidade está aí e pode chegar pra todo mundo, sabe? O arranjo feito pelo Leandro Braga deu uma cara tão leve e rica à canção que fica impossível não se render ao ijexá. Sinto vontade de sair cantando pela rua quando ouço essa música.




Bóia, bóia (Suely Mesquita/ Lucina)

Essa canção chegou a mim pela própria Suely. Tive a felicidade de fazer algumas oficinas com ela e quando escrevi perguntando se ela tinha alguma música que eu pudesse gravar ela prontamente me respondeu e me enviou algumas canções. Quando ouvi Bóia, bóia não tive dúvida, ela teria que estar no meu disco.




Estrada Real (Pochyua Andrade)

Pochyua é um amigo de muitos anos. Sempre fui grande admiradora e fã do seu trabalho. Pouco antes de começarem as gravações do disco, Pochyua fez uma viagem de carro daqui de Santa Catarina até o Recife (sua terra Natal) e na volta, passando por Minas Gerais (terra de minha mãe e que também considero minha), mais precisamente pelo trecho da antiga estrada real que liga Ouro Branco a Ouro Preto, compôs essa música pra mim! Que honra, não?! Fiquei muito emocionada quando a ouvi e sinto essa identificação intensa, de raiz mesmo, com as Minas Gerais.




Duas procissões (Pochyua Andrade/ Gregory Haertel)



 

Essa foi fruto da parceria entre Pochyua, meu grande amigo e Gregory, meu marido amado. Gosto muito por ser uma das canções mais contemplativas do disco, com essa ligação forte com o mar. Apesar de não viver numa cidade litorânea, sinto uma identificação forte com o mar, me causa uma sensação de paz e inquietude ao mesmo tempo.

Passas por mim (Simone Guimarães – letra adaptada a partir do poema de Guilherme de Almeida)
Esta canção foi mandada para o Leandro pela própria Simone 

Guimarães (de quem sou grande admiradora), tenho muito carinho por ela. Acho que é de uma delicadeza e riqueza musical imensa e tem tido uma recepção muito carinhosa de quem a ouve.

Imbora (Zé Renato/ Pedro Luís)
Um dos maiores momentos, mais inesquecível, foi gravar esta canção ao lado do Zé! Desde criança, sempre ouvi o Boca Livre, e sou muito, muito fã! Tive que conter a tietagem e respirar fundo pra dar conta de cantar ao lado dele.

O teu começo (Pochyua Andrade/ Gregory Haertel)
Essa canção é uma das minhas favoritas. Gregory escreveu essa letra maravilhosa, que me arrepia até o último fio de cabelo e Pochyua deu uma melodia tão, tão linda à canção. Foi um casamento perfeito. Fiquei muito emocionada em poder falar desta relação cantando com Marcos Sacramento, um grande cantor, por quem tenho um carinho e admiração enormes.


 

Só Luiza (Leandro Braga/ Mareike Valentin/ Gregory Haertel)
Veja só que honra a minha, ter a primeira composição feita na vida, em parceria com Leandro e Gregory! Demais!


Leandro esteve aqui em casa e me disse "quero ver você compor alguma coisa pro disco”, me desesperei, nunca tinha me atrevido a tentar isso antes. Pois ele sentou-se comigo ao piano e fomos, pouco a pouco, construindo a música. Depois veio Gregory e deu vida a ela com essa letra que diz tanto de mim e de tanta gente.

De amor, de amar (Telma Tavares)


 

Essa música foi escrita pela Telma para estar neste disco, veja que honra!!! (Risos) Foi tão gostosa a gravação deste samba. Ele é tão envolvente, deixa a gente solto, a vontade, deixa corpo e alma leves!

Valsa incerta (Leandro Braga/ Gregory Haertel)
Um presente e um desafio muito grande que Leandro nos deu. Acho que é uma das minhas preferidas. Na primeira vez que encontramos o Leandro pessoalmente e ele ficou sabendo que Gregory escrevia letras, lançou o desafio: "será que consegues escrever uma letra pra essa música que eu trouxe até amanhã?" Até amanhã?!?! (Risos) Pois o Gre (é como eu o chamo) se trancou no escritório, virou a noite e na manhã seguinte veio com essa letra que não permite nunca que eu a cante essa canção sem me emocionar profundamente, pela identificação fortíssima com o texto e também com o piano impecável do Leandro, que rasga a gente no meio.

Deixe o seu comentário:

bottom of page